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Boyhood – Da infância à juventude

Sinopse: O longa faz uma viagem pela infância do menino Mason (Ellar Coltrane) e mostra as mudanças que acompanham sua vida, dos 6 aos 18 anos de idade, do primário à entrada na faculdade. As primeiras paixões, a mudança de escola e a visão de como é ser filho de pais separados são alguns dos temas retratados no filme.

Mason e sua irmã Samantha (Lorelei Linklater) foram criados pela Olivia (Patricia Arquette) que é mãe solteira. O pai, irresponsável e negligente, a deixou e decidiu morar e trabalhar no Alasca, ficando anos longe dos filhos.

A mãe deles teve que se virar em mil para dar conta do trabalho, manter a casa e ainda cuidar das crianças, mas o dinheiro não estava mais sendo suficiente para as despesas e Olivia achou que era hora de retomar os estudos, mas para isso precisavam se mudar. Na nova cidade, Olivia contava com a ajuda de sua mãe para ficar com os pequenos, enquanto se dedicava na faculdade de psicologia. As dificuldades aumentam quando Olivia se casa e tem que se submeter aos abusos domésticos para poder proporcionar um maior conforto aos filhos.
Quando decidi resenhar esse filme, já sabia que seria difícil, pois foi uma experiência totalmente diferente. Boyhood é uma das produções mais aclamadas pela crítica neste ano e um provável forte candidato ao Oscar 2015 e por esse motivo decidi assistir ao filme.

O filme é bem simples, ele acompanha a vida de um menino comum, chamado Mason (Ellar Coltrane), que, de criança introvertida de seis anos de idade, vai crescendo até virar um jovem bastante confiante de 18, em vias de começar a faculdade. Até aí nada de mais. Se não fosse o fato de que o diretor escalou um elenco que se comprometeu a filmar pedacinho por pedacinho da história durante 12 anos.

“Ninguém havia realmente feito algo assim com um elenco e uma equipe de produção”
“Não existem contratos de 12 anos neste ramo. Então eu tive mesmo que pedir às pessoas que aceitassem um desafio coletivo de boa fé e compromisso.”
Richard Linklater

Isto significa que não vamos ver apenas a mudança de idade dos personagens, mas dos atores reais também. Em “Boyhood”, as mudanças físicas acontecem em um único filme. Embora a história em si seja bem simples, a opção por filmá-la desta maneira dá a “Boyhood” um notável caráter de realidade.

Para você conseguir aproveitar o filme tem que entender a intenção do diretor e da história. A proposta do filme é nos mostrar a evolução de uma família ao longo dos anos. A intenção é que os telespectadores se encaixem nos acontecimentos, nas brigas familiares, nas paixões adolescentes e na faculdade, perceber o quanto é difícil crescer, amadurecer, envelhecer, tomar decisões, dar a volta por cima em situações difíceis, construir um relacionamento amoroso, enfim, ver como é a vida, como é viver.


“Boyhood” é um filme que você só precisa “sentir”. Se conseguir essa “conexão emocional” com a história, você poderá amar o filme. Mas, se isto não funcionar, o mais provável é que você ache chato, cansativo, e talvez não consiga se conectar com a trama e não veja sentido em nada do que está sendo mostrado. O mais importante é que você assista o filme e faça sua própria crítica, diga o que você achou, sentiu e se gostou ou não.

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