Aeroportos
Tudo começou enquanto eu lia De volta aos sonhos da Bruna Vieira, e naquele momento a personagem Anita estava no Aeroporto e li o seguinte trecho:
Acho que aeroportos me deixam assim, extremamente sensível. É como se eles intensificassem meus sentimentos e trouxessem à tona um lado frágil meu que eu não conheço bem. Só de olhar as pessoas caminhando com suas bagagens, as filas se formando e os funcionários de uniforme, eu já sentia meu coração acelerar. Talvez porque todos os aeroportos sejam cenário de muitos momentos intensos e definitivos. Só os seres mais distraídos embarcam sem notar quantos capítulos da vida dos outros começam e terminam ali. Era exatamente assim que eu me sentia.” p.152
Neste exato momento fui levada à última vez em que eu estive em um aeroporto, ainda esse ano, para levar os meus primos que estavam voltando para os EUA, e eu senti exatamente o que a Anita disse. A cada passo que eu dava eu imaginava quantas histórias teriam acontecido ali, quantos romances iniciaram e terminaram, quantas pessoas se viram pela última vez e quantos beijos de amor verdadeiro aquele aeroporto já havia presenciado…
Senti uma desejo enorme de ter uma história marcante e intensa como a de muitas pessoas que já andaram por ali, eu queria estar entrando em um avião em direção à viagem que mudaria a minha vida. Imaginava os momentos que aquelas pessoas teriam em suas viagens, para que lugares estavam indo e se iam a trabalho ou apenas para se divertir, ou até fugir da realidade.
Fiquei tentando adivinhar o futuro, criando planos e imaginando se todo o meu esforço valeria a pena e me ajudaria a realizar todos os meus sonhos da maneira que imaginei. Então, caí na realidade e lembrei que nem tudo acontece da forma que a gente quer.
E imagino que a todo mundo já passou por isso: fazer planos e logo em seguida ver que tudo aconteceu de maneira completamente diferente do que desejávamos. Nós não podemos mudar isso, mas podemos decidir como iremos reagir às mudanças e novidades que a vida nos traz. Podemos reclamar e começar a ladainha do “eu sabia que não ia dar certo” ou “eu planejei tudo e deu tudo errado” e por aí vai. Ou podemos olhar para o que a vida nos traz e procurar algo de positivo no imprevisto. E eu não estou dizendo que devemos deixar a vida nos levar para onde ela quiser, mas sim escolhermos como vamos enfrentar os desafios. Eu acredito que não há nada melhor do que fazer novos planos, novas metas e continuar seguindo em frente…
2 Comentários
Jennyfer Aguillar
Postagem perfeita 🙂 a pura verdade.
Adorei,beijos ♥
Carla Vieira
Obrigada!!!! Eu sempre sinto isso quando vou ao aeroporto rsrs