Resenha

Resenha: A Casa de Hades

A Casa de Hades

Série: Os heróis do Olimpo – Livro 4

Rick Riordan
Editora Intrínseca, 2013
496 páginas

Hazel está diante de uma encruzilhada. As forças de Gaia estão decididas a impedi-los de avançar e alcançar seu objetivo: chegar à Casa de Hades, nas terras antigas, para resgatar Percy e Annabeth e fechar definitivamente as Portas da Morte, impedindo os monstros de retornarem ao mundo mortal. Ela e o que restou da tripulação do Argo II sabem o que precisa ser feito, mas todos os caminhos parecem levar ao fracasso de sua missão. Entretanto, eles precisam se decidir e agir rápido. O tempo está passando. A sanguinária Mãe Terra escolheu o dia primeiro de agosto para o seu despertar. No Tártaro, Annabeth e Percy passam por grandes dificuldades. Famintos, com sede e feridos, mal conseguem andar pelo território sombrio e venenoso repleto de inimigos que espreitam na escuridão. Não há como descobrir onde ficam as Portas da Morte. E mesmo que soubessem sua localização, uma legião formada pelos monstros mais poderosos e fiéis a Gaia estará lá para guardá-las. Apesar da enorme desvantagem, Hazel, Annabeth, Percy e os outros semideuses da profecia sabem que sua única opção é tentar o impossível. Quando os riscos são maiores do que nunca, é somente a amizade entre os semideuses gregos e romanos, aprendendo a trabalhar juntos, que poderá salvar não só os acampamentos, mas também o mundo.

Quando eu disse na resenha anterior que este livro seria muito mais intenso, eu estava certíssima. E a cada dia tenho mais certeza que não importa quantos livros eu leia de Rick Riordan, ele sempre vai me surpreender de uma maneira incrível que só ele sabe. No quarto livro, a premissa básica da história não é a viagem em si e os perigos que os personagens enfrentam, mas o crescimento de cada um. Riordan fez um trabalho único ao amadurecer cada um dos semideuses, expondo camadas desconhecidas dos personagens e indo além em diversas partes. Riordan expande os elementos da mitologia, acrescentando partes muito interessantes e que deixam o leitor maravilhado. E logo nas primeiras páginas, já de cara o Tio Rick esnoba os leitores, e a gente ama isso…

Para meus maravilhoso leitores:
Lamento pelo último suspense.
Quer dizer, não, não de verdade. HAHAHAHA
Mas, falando sério, adoro vocês pessoal.

O livro não começa com Percy e Annabeth no Tártaro, que é o que me deixou agoniada desde o fim de de A Marca de Atena. O livro começa pouco após os acontecimentos finais do livro anterior e encontramos a tripulação do Argo II abatida diante da perda de dois de seus membros. Frank, Leo, Hazel, Piper e Jason estão tentando ser fortes, mas cada um a seu modo se culpam pelo que aconteceu em Roma e se acham menos importantes que os demais por isso.

Há dias que estão tentando cruzar as montanhas para seguir rumo a Grécia, mas estão presos diante dos ataques ordenados por Gaia. Quando Hazel cansada de perder tempo pede um sinal recebe de volta seu cavalo Arion, que deixa Hazel diante da deusa Hécate (deusa das encruzilhadas e que controla a névoa). Os caminhos que Hazel têm diante de si são terríveis, porém ela precisa escolher aquele que lhe dará mais tempo.

No livro, Nico terá um pouco mais de destaque e precisará enfrentar seus medos e segredos e dá um grande prova de coragem. Ele e Jason têm um encontro interessante com Eros (Cupido). Descobri que Eros é apavorante, ele não é um anjinho fofo de cachinhos que espalha amor pelo mundo. Ele é cruel e calculista, como o amor pode ser quando não estamos preparados para lidar com ele.

” – Nico – disse ele gentilmente -, já vi um monte de atos de coragem. Mas o que você fez? Esse talvez tenha sido o mais corajoso de todos.” p.240

No outro lado da história, Percy e Annabet enfrentam um tortuoso caminho pelo tártaro a fim de encontrar as portas da morte a tempo. A cada capítulo percebi que essa foi uma das partes mais ricas do livro, tanto pela descrição incrível, com elementos riquíssimos, quanto pelo lado psicológico. Percy pela primeira vez vê o lado de todos os seres que enfrentou em batalha, o lado de todas as pessoas que lhe ajudaram e que ele deixou pelo caminho, mesmo que involuntariamente. Ao inserir esses questionamentos, o autor transforma o personagem.

“Quantos outros velhos inimigos estariam naquela multidão? Percy começou a se dar conta de que cada um de seus triunfos tinha sido apenas uma vitória temporária. Por mais forte e sortudo que fosse, não importava quantos monstros destruísse, Percy um dia seria derrotado.” p.372

Durante a narrativa preciso dar destaque à Piper, Reyna e às cenas mais apaixonantes com Calypso e ___. HAHA, vou te deixar na curiosidade! Eu realmente me emocionei durante o livro, e consegui sentir todo o amadurecimentos dos personagens a cada missão. Agora, me resta esperar ansiosamente por O Sangue de Olimpo!

“Seus lábios ainda formigavam pelo beijo.
Isso não aconteceu, disse para si mesmo. Não posso estar apaixonado por uma menina imortal. Ela definitivamente não pode estar apaixonada por mim. Não é possível.” p.331

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