Os Heróis do Olimpo,  Resenha

Resenha: A Marca de Atena

A Marca de Atena

Série: Os heróis do Olimpo – Livro 3

Rick Riordan
Editora Intrínseca, 2013
480 páginas

Annabeth está apavorada. Justo quando ela está prestes a reencontrar Percy, o Acampamento Júpiter parece estar se preparando para o combate. Mas, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensarem que o navio é uma arma de guerra grega devido ao dragão de bronze fumegante como figura de proa. Além disso tudo, ela carrega no bolso um presente da mãe, que veio acompanhado de uma ordem intimidadora: Siga a Marca de Atena. Vingue-me. O que mais Atena poderia querer dela? O maior medo de Annabeth, no entanto, é que Percy tenha mudado. E se ele já estiver habituado demais aos costumes romanos? Em Marca de Atena, Percy Jackson e seus amigos mais uma vez correm em direção ao perigo para tentar salvar seus acampamentos, os deuses e o mundo inteiro. Narrado por Percy, Annabeth, Piper e Jason, A Marca de Atena é uma jornada inesquecível até Roma, recheada de importantes descobertas, sacrifícios surpreendentes e terrores indescritíveis.

Tio Rick me impressionou mais uma vez e, como sempre, conseguiu criar uma atmosfera única quando se trata de mitologia. O terceiro livro da série Os Heróis do Olimpo se passa no acampamento Júpiter, e logo depois, na Roma Antiga. As mitologias grega e romana se fundem criando paralelos e comparações, deixando muito mais fácil para o leitor entender e ‘entrar’ ainda mais na história. Tio Rick conseguiu alternar os pontos de vista o suficiente para criar uma atmosfera de suspense e aventura.

Nesse livro, Annabeth está de volta para resgatar Percy no acampamento romano. O primeiro encontro de Percy e Annabeth, tão esperado desde O Filho de Netuno, não decepcionou nem um pouco.

“Percy a abraçou com força. Eles se beijaram, e por um momento nada mais tinha importância. Um asteroide podia atingir o planeta e eliminar todo tipo de vida que Annabeth não daria a mínima.” p.19

Agora, os setes heróis (Percy, Annabeth, Jason, Piper, Frank, Hazel e Leo) precisam chegar a Roma a bordo do Argo II e descobrir o paradeiro de Nico di Angelo e deter finalmente Gaia, antes que ela renasça. Mas como o título diz, esse livro é basicamente sobre Annabeth e a sua missão pessoal. Ela precisará seguir a marca da mãe e resgatar o seu bem mais precioso, há muito tempo perdido, e, assim, escolher se trará paz entre os semideuses dos dois lados ou acabará de vez com os romanos. Claro que sua missão será mais difícil, pois ela precisará ir sozinha, nem Percy poderá salvá-la, e Annabeth enfrentará a maior inimiga de sua mãe antes de recuperar o “objeto” perdido. Não citarei o objeto nem vou falar quem é a vilã, por motivo de spoilers, mas darei uma dica: está ligada com aranhas…

Enquanto isso, a história dos outros personagens será melhor desenvolvida e teremos várias cenas de romance também. Riordan fez as cenas exalarem carinho, e eu pude sentir cada sentimento durante a leitura.

“Então Percy se soltou, e juntos, de mãos dadas, ele e Annabeth caíram para a escuridão sem fim…” p.464

Leo, meu personagem favorito, me fez dar boas risadas, pois está cheio de tiradas engraçadas e ideias geniais. Porém, o filho de Hefesto (Vulcano em romano) viverá o dilema de se sentir excluído em um grupo tão entrosado e ainda terá suas dúvidas quanto aos planos de Hera (Juno em romano) em sua vida. Leo também descobrirá um passado em comum com Hazel e sua ligação com Sammy, que é tão importante para ela. Isso também acaba criando uma tensão entre Leo e Frank, deixando a narrativa mais divertida dado as discussões e indiretas entre os dois campistas.

Enquanto Annabeth cumpre sua missão, Percy e seus amigos precisam enfrentar os gigantes gêmeos Oto e Efialtes, impedindo-os de ajudar Gaia a despertar. E, para isso, contarão com a ajuda de um deus, que Percy, digamos, não gosta muito. Mas, só é possível derrotar gigantes com a união da força de semideus com o poder de um deus.

Durante a narrativa, vale destacar a cena do Narciso e da Eco! Leo foi simplesmente genial tirando com a cara deles! Me rendeu boas risadas.

” – Magricela? – perguntou Leo. – Gata, eu inventei o estilo magricela, eu sou o maioral. Magricela é o novo gostoso pra dedéu. Em termos de magricela, eu sou o maioral. Narciso? Ele é tão perdedor que nem o Mundo Inferior quis saber dele. Nem as fantasmas quiseram sair com ele.” p.81

E também o encontro de nossos heróis com Héracles (ou Hércules), e a desconstrução do mito de que o filho de Zeus mais famoso no mundo é um cara legal e altruísta. Enquanto os heróis tentam chegar a Roma, muitos imprevistos acontecem e o leitor é apresentado a inúmeros cenários e personalidades diferentes. É muito divertido e interessante entrar nesse mundo da mitologia greco-romana. Vale citar também que todo o acampamento Júpiter, principalmente Octavian, está atrás de Percy e seus amigos, pois acreditam que eles querem destruir tudo que é romano.

Como sempre acontece com os livros do Rick Riordan o livro nos deixa com expectativas da próxima missão de nossos heróis! E eu corri pegar A Casa de Hades e estou amando até agora e já posso dizer que é um livro muito mais intenso que os outros. Os perigos só aumentam…

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