Como se apaixonar – Cecelia Ahern
Depois de não conseguir evitar que um homem acabasse com a própria vida, Christine passa a refletir sobre o quanto é importante ser feliz. Por isso, ela desiste de seu casamento sem amor e aplica as técnicas aprendidas em livros de autoajuda para viver melhor. Adam não está em um momento muito bom, e a única saída que ele encontra para a solução de seus problemas é acabar com sua vida. Mas, para a sorte de Adam, Christine aparece para transformar sua existência, ou pelo menos tentar ajudá-lo. Ela tem duas semanas para fazer com que Adam reveja seus conceitos de felicidade. Será que ele vai voltar a se apaixonar pela própria vida?
Há alguns meses, recebi o livro A Lista da Cecelia Ahern e ele se tornou o meu favorito dela. Além desse, já li outros livros da autora como “Simplesmente Acontece”.
“Como se apaixonar” não foge à regra. A personagem da vez é Christine, que, no período de apenas um mês, depara-se com duas tentativas de suicídio de pessoas que nunca vira antes. No primeiro caso, um homem (Simon) acaba atirando nele mesmo, e fica entre a vida e a morte em um hospital. Na segunda vez, ela consegue fazer com que outro homem desista de se jogar de uma ponte… mas apenas temporariamente.
Esse homem é Adam, ele está desesperado e encontra na morte a única solução para seus problemas, mas Christine, numa tentativa de salvá-lo de si mesmo, faz um acordo com ele: o aniversário de 35 anos de Adam está chegando, e ela aposta que, antes disso, será capaz de convencê-lo de que a vida realmente vale a pena. Como ela ainda está atordoada pelo resultado da experiência anterior, decide largar todas as suas tarefas diárias durante essas duas semanas para se dedicar exclusivamente à missão de salvá-lo.
Mesmo sendo uma missão difícil, Christine faz de tudo para que isso aconteça, ainda que tenha sua vida e seus próprios fantasmas, como o fato de descobrir não estar sendo feliz ao lado de seu marido e decidir iniciar o processo de separação. É notório que a personagem foque em Adam em uma tentativa de ignorar seus próprios problemas, algo trabalhado em seu amadurecimento ao longo da trama.
Minhas impressões
Não demorei a mergulhar na leitura, uma vez que a escrita da autora foi bastante envolvente. A própria premissa do livro me interessou, principalmente pela curiosidade sobre como a autora desenvolveria o enredo, afinal, um prazo de duas semanas me pareceu pouco tempo para persuadir alguém nas condições de Adam a continuar vivendo, e temi por não conseguir ser convencida pelo livro. Felizmente, contrariando minhas expectativas, isso não aconteceu. A história, ainda que desenvolvida em um período de tempo relativamente curto, foi suficiente para me encantar passo a passo, me fazer compreender as situações das personagens e ainda torcer por elas.
Como pontos baixos, o que impediu que o livro recebesse 5 estrelas, destacaria principalmente os relacionados a alguns momentos da narrativa e ao trabalho de tradução e revisão do livro. Senti que, em alguns momentos, havia a criação de certa expectativa sobre a descrição de um momento que, logo em seguida, era quebrada por uma descrição singela demais. Sobre a tradução, notei o uso de palavras e construções sintáticas incomuns no português, que resultaram em uma quebra de fluidez da leitura.
Entretanto, de forma geral, Como se apaixonar é uma leitura leve, envolvente e de temática delicada, capaz de gerar reflexões importantes sobre a vida e seu valor. Foi uma obra que conseguiu me emocionar e me surpreender com algumas de suas revelações, algo mais do que positivo para o desenvolvimento da trama. Ainda que não tenha entrado para o minha lista de favoritos da autora e nem tenha me impactado como outras de suas obras, foi, certamente, uma leitura proveitosa e sensível.
4 Comentários
Cecilia Mesquita
Confesso que dificilmente compro livros com capas humanas hahaha
mas adorei sua resenha, quero dar uma chance a essa leitura
http://gotasdecaffe.blogspot.com.br/
Mari
Eu fico tão incomodada com essa premissa de colocar nas mãos de alguém a responsabilidade por convencer a pessoa a continuar viva ou não? Que tipo de acordo é esse, eu te dou um tempo e você me convence a viver, se não vou me matar e a culpa vai ser sua? Não gosto disso.
Beijos
Mari
Pequenos Retalhos
Carla Vieira
Eu também Cecilia! Realmente não gosto, mas fico feliz que tenha gostado da resenha 😀
Dê uma chance sim, é um livro gostoso de ler!
beijos
Carla Vieira
Sério? Realmente faz sentido o que você disse haha
Mas nesse caso da história do livro as coisas são tratadas de forma mais leve, porque sabemos que na vida real isso talvez não funcionasse.
Beijos