Todos os nossos ontens – Cristin Terrill
O que um governo poderia fazer se pudesse viajar no tempo? Quem ele poderia destruir antes mesmo que houvesse alguém que se rebelasse? Quais alianças poderiam ser quebradas antes mesmo de acontecerem? Em um futuro não tão distante, a vida como a conhecemos se foi, juntamente com nossa liberdade. Bombas estão sendo lançadas por agências administradas pelo governo para que a nação perceba quão fraca é. As pessoas não podem viajar, não podem nem mesmo atravessar a rua sem serem questionadas. O que causou isso? Algo que nunca deveria ter sido tratado com irresponsabilidade: o tempo. O tempo não é linear, nem algo que continua a funcionar. Ele tem leis, e se você quebrá-las, ele apagará você; o tempo em que estava continuará a seguir em frente, como se você nunca tivesse existido e tudo vai acontecer de novo, a menos que você interfira e tente mudá-lo…
Pessoal, sumi por um “””tempinho””” né? Estava em épocas de vestibulares, teve FUVEST, UNESP, Unicamp, enfim, estou bem cansada haha Mas vamos falar da resenha de hoje! Um livro que me deixou completamente curiosa, com uma premissa interessante que eu nunca tinha visto ser abordada dessa forma. Distopia + viagem no tempo, será que essa fórmula deu certo?
O que você faria se tivesse que escolher entre destruir o seu próprio passado e machucar a si mesmo ou ficar machucado do mesmo jeito? E se, por ventura, uma máquina do tempo passasse de fato a ser uma realidade? Isso seria bom, não é? As bombas poderiam ser desativadas, mortes poderiam ser evitadas. Exceto pelo fato de que toda mudança acarreta consequências talvez piores do que as que se tinha intenção de evitar. Essa é a vida das protagonistas do livro: Finn e Em.
Em está presa no coração de uma base militar secreta e não tem nada além da voz do menino da cela ao lado e a lista com instruções bem estranhas que ela encontra dentro do ralo de sua cela. Mas, de alguma foram, ela sabe que apenas ela pode concluir a instrução final. Ela está tentando de tudo para evitar a criação de uma máquina do tempo que vai destruir o mundo. Eles devem voltar para o passado e assim, destruir o futuro.
Cada tentativa fracassada no passado a levou para o mesmo presente terrível: presa e torturada por um homem sádico chamado apenas de “doutor”. Por outro lado, conhecemos Marina, uma doce garota que ama seu melhor amigo, James, desde que eles eram crianças. James é um lindo e introvertido prodígio da ciência de uma das famílias mais famosas dos Estados Unidos.
James finalmente parece também estar vendo Marina de um jeito diferente. Porém, em uma noite desastrosa, a vida de James entra em colapso e, com ela, as esperanças de Marina para o futuro. Marina vai proteger James, não importa o que aconteça. Em e Marina estão em uma corrida contra o tempo, e apenas uma delas pode vencer.
Minhas impressões
Todos os nossos ontens tornou-se um dos meus livros preferidos do ano. A maneira como a narrativa é conduzida faz com que o leitor devore a história em algumas horas. É impossível não ficar preso ao cenário distópico, impossível não querer saber mais e mais e mais. Principalmente para mim, que adoro livros, filmes e séries relacionados à viagem no tempo!
O livro é incrível! A escrita de Cristin Terrill é tão clara, profunda e detalhada na medida certa, que ela conseguiu, a todo momento, me fazer sentir na pele de cada personagem. Todas as nossas dúvidas são respondidas, a autora nos permite ligar alguns pontos durante a leitura. O livro tem início, meio e fim muito bem construídos. Passado, presente e futuro são amarrados e nada deixa a desejar, é tudo genial.
Todos os Nossos Ontens é um livro único e muito especial. Após a leitura, fiquei pensando nas alterações que podemos provocar no tempo, os famosos “e se?”. “E se eu tivesse agido de tal jeito? E se eu tivesse dito aquilo?” Cristin Terril criou uma história em que as personagens possuem chances de mudar o tempo, mas nunca seus próprios destinos. O enredo é sem igual e totalmente viciante, a leitura não permite interrupções, os personagens são fascinantes e nos fazem pensar que tudo depende de nós. Este livro chegou em um ótimo momento para mim – fazia muito tempo que um livro não conseguia fazer com que eu sentisse tudo o que senti durante a leitura, já estava em ressaca literária haha – mas, relendo a resenha, vejo que não importa o quão empolgada eu esteja a respeito da história ou o quão concentrada eu esteja escrevendo agora, não consegui fazer jus a esse livro; então indico que leiam e tirem suas próprias conclusões. Garanto que seu tempo não será perdido!